sábado, 6 de março de 2010

Depois da chegada da pantera (a qual meus gatos achavam estar viva, visto a etiqueta felina com que a tratavam), soube que teria que fazer uma viagem. Só que não sabia para onde nem porque, mas toda vez em que contava aos amigos sobre o meu "presente", o nome Águas Claras surgia em minha mente. Levei meses até descobrir que existia em Minas Gerais um lugarejo com este nome. E daí? Daí que a pantera foi fabricada em Minas, mais precisamente em Belo Horizonte, a treze quilômetros do tal lugarejo. Já tendo estabelecido que coincidências não existem, só me restava ir. A Deusa está chamando e eu vou dizer "não"?
Tambem tive que fazer uma tatuagem de Lillith antes de partir, e teria que ser à vista, mas sem ser agressiva, com unhas recolhidas e boca fechada. Se eu tivesse escolha, preferia pendurar uma melancia no pescoço (sou avessa a dores), mas as coisas são como devem ser.
Na mesma semana em que a tatoo ficou pronta, atendi o Chamado e fui. Não sabia nem quantos dias, nem onde iria ficar, num lugar onde não conhecia ninguem. Alguns amigos acharam temeridade da minha parte. Eu disse a eles que era um salto de fé. Sabia que não estaria sozinha, se minha Deusa, Lillith, e a Ruiva estivessem comigo. Tudo seria como tivesse que ser, para meu aprendizado e benefício.
Não sei e nem me faz falta saber como é ser iniciada num Coven ou Tradição. Tudo que sei é que foi uma jornada iniciática totalmente preparada para mim pela Deusa, onde vi, senti e presenciei Seu amor por mim. Passei pelo medo, pela morte, e renasci pelas Mãos Dela.